Noite do quinto dia: American Idiot.

Era dia também, de assistirmos o nosso primeiro musical: American Idiot. Um musical baseado no disco homônimo do Green Day, com algumas músicas de outro disco (21st Century Breakdown). Saimos meia hora antes do musical começar para pegar o ingresso na portaria (comprado antecipadamente ainda no Brasil pela internet). O Teatro Saint James fica na mesma rua do nosso hotel, há apenas duas quadras. Antes do show conversamos com um texano e uma paulista que estavam por perto. Nos falaram que fotografar não é permitido (o que frustou a minha fúria fotográfica, mas mesmo assim, fiz um disparo ou outro). O show foi absolutamente sensacional. Os cantores são ótimos, os músicos excelentes, a iluminação fantástica, o cenário muito bem feito e a música fora de série (para quem curte rock logicamente), enfim, o show todo foi incrível, algo para se lembrar para sempre. Na saída, comprei o disco, o programa e duas camisetas. Na semana seguinte ao nosso retorno para o Brasil, soube que o vocalista do Green Day faria o papel de um dos personagens (St. Jimmy) naquela semana.

Manhã e tarde do quinto dia: Museu de Arte Moderna (MoMA)

Hoje acordamos mais tarde pois é dia de visitar o MoMA – Museu de Arte Moderna, que abre somente às 10h30. Tínhamos direito ao ingresso porque fazia parte do pacote dos passeios de ônibus da Grayline. Muita gente esperando nas filas e a administração do museu é pontual na hora de abrir para a visitação. Conseguimos também ingressos especiais para ver Matisse.
O museu é enorme! Andamos os seis andares. Desde Matisse no 6º e aos poucos, de andar em andar, passando pelos artistas com obras mais antigas até chegar na arte contemporânea no primeiro andar.
Os trabalhos são fantásticos, desses que só tínhamos visto em fotos, de artistas como: Picasso, Van Gogh, Cezane, e tantos outros mestres. Almoçamos na cafeteria do próprio MoMA no 2º andar. Servem comida rápida, simples mas ao mesmo tempo sofisticada. Tudo muito gostoso. Fizemos muitas fotos (“NO FLASH”, como falam os seguranças o tempo todo), menos da exposição do Matisse, pois a maioria das obras não pertencem ao MoMA.
Pelo museu, encontramos todos os tipos de pessoas: esquisitos, arrumados, senhoras e senhores, crianças, turistas, locais. Finalizados os andares, fomos ao jardim das esculturas, um local bastante agradável para sentar e conversar entre várias obras espalhadas num grande pátio. Dentro do MoMA passamos frio por causa do ar condicionado, mas no jardim estava muito quente.
Voltamos para o hotel. Mais tarde, uma rápida visita ao ICP (International Center of Photography) onde rolavam três exposições, uma sobre a trajetória dos negros nos EUA, outra sobre aborto (muito chocante) e uma outra também ousada, pois muito nú nada artístico era mostrado. A compra de um livro sensacional sobre Henri Cartier Bresson foi inevitável.

Noite do quarto dia: Newark, Prudential Center, American Idol

À tarde nos encaminhamos para a nossa aventura mais distante do hotel (em outro estado na verdade). Fomos para a cidade de Newark que fica no estado de Nova Jersey para assistir ao Show do American Idol Live, com os 10 primeiros colocados da edição 2010. Com o verão terrível de Nova York, as estações de trem e metrô são os piores lugares para ficar, pois não têm ar-condicionado e o calor lá embaixo é insuportável (ainda bem que os trens são refrigerados). Pegamos metro até a Penn Station e de lá, um trem até a estação de Newark, que fica a uma caminhada de 10 minutos de distancia do Prudential Center, o ginásio onde aconteceria o show. Comemos um lanche rápido por lá. Depois esperamos abrir para entrar no estádio. Começa o show, com os músicos revezando-se em ordem regressiva da classificação final do programa. Cada cantor apresentou de 2 a 4 música cada um. Alguns foram muito bons, outros meio sem graça e outros gritaram muito, mas no geral foi muito legal. Terminado o show, na maior tranqüilidade, fizemos o mesmo caminho de volta para o hotel.

Tarde do quarto dia: Mais Central Park

Depois do almoço continuamos o nosso passeio pelo Central Park. Encontramos muitos músicos espalhados por todos os cantos do parque. Caminhando pelos caminhos do parque, verificamos que estavam fazendo a manutenção do parque e algumas áreas estavam fechadas. Molham os gramados e canteiros com um super eficiente sistema de irrigação, razão pela qual todas as plantas estão sempre bonitas. Tudo no parque é muito bem cuidado. Perto do obelisco que foi trazido do Egito e é da época da Cleópatra, quando molharam a vegetação que circunda o local, ficou um cheiro de canela no ar, não sei dizer que planta gerou esse aroma. Como o parque é muito grande e é muito difícil nos localizar, acreditávamos já ter andado a maior parte do parque, ficando de fora apenas a região do Jaqueline Onassis Reservoir e decidimos então, voltar para o hotel. Descobrimos depois, analisando o livro que compramos na lojinha do parque (que fica no Dairy), que ainda havia uma boa parte do parque que não exploramos. Quem sabe um dia voltaremos para concluir o passeio. Voltamos para o hotel à pé.
Ah! Quase saindo parque, vimos uma aglomeração. Chegando perto, percebemos que tratava-se de uma montagem de um set de filmagem. Perguntei a um rapaz que estava organizando a bagunça quem estava filmando por ali, ele respondeu que era um artista qualquer. Observando por uma fresta no meio do povo, consegui ver que uma casal estava contracenando. Como o set era bem perto da rua, as pessoas que passavam nos double-decker buses tinham uma visão privilegiada dos artistas. Pelos gritinhos, achei que era de fato alguém conhecido. Chegando mais perto e usando o zoom da minha câmera, consegui fotografar o casal. Analisando depois a foto, achei que o casal eram Justin Timberlake e Mila Kunis. Já de volta ao Brasil e pesquisando na internet, confirmei que era mesmo esse o casal e que eles estavam no Central Park para filmar uma comédia romântica chamada "Friends With Benefits".